Tesouro desenterrado

Daniel Galera

Em 1986, um estudante do ensino médio no Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte chamado Tadeu Curinga da Silva programou, por contra própria, um jogo para o microcomputador Sinclair ZX-81 chamado Em Busca dos Tesouros. Inspirado no sucesso do Atari 2600 Pitfall, em que o jogador conduzia um caçador de tesouros por uma selva infestada de perigos, o jogo foi distribuído em fita K-7 através da revista Micro Sistemas, a primeira publicação brasileira sobre microcomputadores. Na época, o Brasil praticava a reserva de mercado em prol do desenvolvimento da indústria nacional, e importar jogos e equipamentos era muito difícil. Em Busca dos Tesouros foi um dos primeiros jogos nacionais de qualidade. Tinha gráficos avançados, se considerarmos a época e a plataforma para a qual foi criado, e impressionava pelo tamanho (mais de 300 telas) e pela dificuldade.

Um joguinho como esse pode parecer insignificante hoje em dia. De fato, ele esteve perdido por mais de quinze anos. Mas Em Busca dos Tesouros marcou a vida de muitos dos primeiros usuários de microcomputadores e jogadores de videogame brasileiros, e encontrar uma cópia do programa era o sonho de vários deles. Uma dessas pessoas era o mineiro Murilo Queiroz, hoje cientista de computação e mestre em engenharia eletrônica. Em 2002, quando estava morando na Europa, Murilo recebeu uma mensagem de e-mail surpreendente: o colecionador Kelly A. Murta havia encontrado uma fita de Em Busca dos Tesouros. Murilo imediatamente lembrou do fascínio que o jogo havia lhe causado aos nove anos de idade, em 1986, quando leu sobre ele na revista Micro Sistemas mas não teve a oportunidade de jogá-lo. Mais de quinze anos depois, conseguiu jogar o jogo através de um emulador e escreveu uma crônica chamada 16kb de alegria relatando a experiência. “A sensação obtida foi uma das mais estranhas que eu poderia imaginar. Não era saudade ou nostalgia, pois afinal de contas era a primeira vez que via o jogo funcionando. Também não era mera curiosidade ´arqueológica´. Era como se eu recuperasse alguma coisa, como se eu fosse novamente um moleque de nove anos descobrindo o que se podia fazer com um ´computador´”, escreveu Murilo.

Em 2006, depois de uma longa busca, Murilo conseguiu entrar em contato com o próprio Tadeu Curinga da Silva. A pesquisa começou no Google, onde descobriu uma página sobre a genealogia de Tadeu e ficou sabendo que ele tinha se tornado Oficial de Náutica da Marinha e morava no Rio de Janeiro. Não conseguindo encontrar o próprio Tadeu, Murilo fez contato com a mãe dele, em Natal, e com ela finalmente conseguiu a caixa postal do criador do jogo. Na carta que escrever a Tadeu, Murilo disse: “Em primeiro lugar gostaria de parabenizá-lo, mesmo com 20 anos de atraso, pelo excelente resultado obtido. Tenho certeza de que, como eu, muitos outros jovens leitores da Micro Sistemas daquela época foram impressionados pelo seu jogo, e por vários outros programas publicados na revista naquele tempo em que tudo era mais complicado, devido à falta de acesso à informação, mas também mais simples e, por que não dizer, romântico - o esforço de uma única pessoa podia produzir algo com qualidade de nível internacional.”

Tadeu respondeu, contando tudo que um fã possivelmente gostaria de saber sobre Em Busca dos Tesouros, desde o processo de criação do jogo até sua distância atual do mundo da programação e dos videogames. “Foi uma surpresa e tanto!”, escreveu. “Me pegou totalmente desprevenido. Lembranças afloraram, e com elas sentimentos dos bons. Imagens do meu antigo quartinho, onde ficava tardes e tardes programando. Uma cadeira, uma mesa de madeira, uma TV de 20 polegadas preto-e-branco, um “computador” TK-82C pretão, um gravador tijolão, fitas K-7, cadernos, lápis, borrachas, rascunhos, blocos de papéis milimetrados, a chama acesa do desafio que se abria na minha frente”.

Murilo pretende editar e publicar o material dessa correspondência neste site que criou para divulgar Em Busca dos Tesouros e a história de seu desaparecimento e redescoberta. Nele, também é possível baixar os emuladores e o código-fonte do próprio jogo, para jogá-lo com facilidade em qualquer PC. Tadeu gentilmente autorizou a divulgação de sua criação pioneira. No final de sua primeira carta, refletiu: “Não possuo mais o TK-82C pretão original que eu usei para fazer o jogo. Nem mesmo a fita K-7 do jogo eu tenho mais. (…) É uma pena. Era para eu tê-los guardado. Hoje eu me arrependo. Mas a vida continua, como um jogo, só que não podemos jogá-lo com nove vidas (nem dar um POKE para vidas infinitas), temos que nos contentar com apenas umazinha e só. E detalhe: com tempo cronometrado, regressivo e rápido, e sempre sem saber o que acontecerá na próxima tela. Bem mais difícil do que os jogos virtuais. Mas também bem mais emocionante”.

Conhecer a saga desse jogo não é apenas uma curiosidade e uma forma de entender os primórdios da cultura do videogame no Brasil; é também um testemunho das marcas pessoais e dos laços profundos que jogos podem deixar em seus seguidores. Eu pulei essa geração dos microcomputadores Sinclair/TK, mas comecei pouco depois - fui um usuário um pouco tardio do Atari 2600, e sei a quantidade de memórias e sensações nostálgicas que um joguinho desses é capaz de evocar quase duas décadas depois. O que eu não sei é o que passa pela cabeça de alguém dez anos mais velho ou mais novo que eu ao ver um jogo de gráficos tão rudimentares e jogabilidade tão simples. Provavelmente, é preciso ter sido criança ou adolescente na década de 80 para entender que isso bastava para fazer a imaginação decolar, como peças de Lego ou qualquer brinquedo tosco de plástico.

Publicado por Daniel Galera - 31/01/07 12:01 AM

Comentários

·  Essa história é maravilhosa, e a carta (ainda não foi ao ar) em que o TCS conta a história da aparição dos peixes do jogo num sonho é preciosa.

Eu tinha esse jogo, comprei a fita numa Cambial. Eu já era um feliz proprietário de um TK90x (ZX Spectrum), que era colorido, tinha som e era em várias outras maneiras muito superior ao TK85 que tive antes (ZX81), mas quando vi o EBT na Micro Sistemas resolvi que PRECISAVA tirar o TK85 do armário e jogar aquilo. Cheguei até a pensar em comprar a listagem ao invés do K7, só para ter o prazer de digitar tudo aquilo, mas a pressa falou mais alto.

Pode ser piegas, mas hoje em dia, só de ler esses nomes - Tadeu Curinga da Silva, Micro Sistemas - eu quase choro. Divino C. R. Leitão! Renato Degiovani! Revista Só Programas! *lágrimas*

Céus, vou tomar café.

Comentário de Daniel Pellizzari — 31/01/2007 @ 6:53 am



·  um comentário? Nossa geração está definhando? Será que todos mudaram totalmente o rumo como Tadeu? Bem, ainda tem um pessoal da Micro Sistemas que continua nesse esquema dos jogos antigos no site tilt.net

Comentário de Alex — 31/01/2007 @ 8:17 am



·  O último parágrafo falou tudo. Eu jogo H.E.R.O. e Q-Bert até hoje!

Comentário de Thiago — 31/01/2007 @ 8:24 am



·  adorava comprar a micro sistemas e ficar digitando aqueles jogos em basic no meu TK-82 com 16kb de expansão de memória. os jogos eram com gráficos ruins, mas a magia era a mesma, a imersão era total. tempos românticos, que apontavam uma nova era, um mundo dominado pelos computadores. dream it, code it. o brasil é um gigante adormecido dos games, precisamos criar um movimento que barateie o custo dos jogos e incentive a produção nacional. estamos ficando pra trás na história.

Comentário de xinobi — 31/01/2007 @ 8:36 am



·  Belíssimo texto.
É impressionante como a simples menção do nome de um jogo é capaz de nos transportar no tempo, como a lembrança de cheiros e lugares também consegue.
Rapidamente somos levados a quartos de adolescentes em tardes calorentas, pouca tecnologia e muita diversão… Delícia.

Comentário de Rodrigo Santos — 31/01/2007 @ 9:22 am



·  Que emoção cara! Teu texto me fez lembrar quando aprendi as manhas e atalhos do Kong. Algumas coisas podem parecer insignificantes para alguns, mas são determinantes para muitos. A descoberta no Kong mudou e pautou o que eu seria e sou na vida.

Comentário de edmort — 31/01/2007 @ 9:26 am



·  Adorei a forma como você escreveu o post, Daniel. Sempre que vou contar a história fico tão empolgado que acabo prolixo demais, você conseguiu transmitir a idéia de rapidamente se atendo a tudo que consideramos importante! Obrigado!

Respondendo ao Alex: não, nem todos mudaram de rumo! A imensa maioria dos excelentes profissionais que conheço e com quem trabalho começou lá, com os TK e MSX. Talvez não estejam escrevendo (muitos) jogos, mas a computação no Brasil está alive and kicking. :-)

Comentário de muriloq — 31/01/2007 @ 9:28 am



·  Passei por tudo isso, tive o TK2000 (coleção de defeitos pseudo-informático), o TK90X… Sem falar no Odissey. E que fim levou a Micro-sistemas?

Comentário de O Cara — 31/01/2007 @ 9:34 am



·  Cabomba, nunca fui muito atraído por jogos ou gostava deles, sempre fui aparte disto, mas realmente o texto que eu li é tremendamente sedutor e romantico (saudosismo gotoso), me faz lembrar que as coisas simples do passado nos deixavam muitos felizes, sem esta paranóia de correr atrás do insaciável que existe hoje e que nos deixa ansiosos e insatisfeitos. O legal é tentar redescobrir hoje que a simplicidade traz a tal felicidade sim mesmo com poucas coisas.

Comentário de Barbarello — 31/01/2007 @ 9:51 am



·  Parabéns pelo post. Fui feliz proprietário de um TK82C (e o lendário gravador K7 National) e leitor assíduo de Micro Sistemas. Infelizmente não consegui o jogo na época. Com certeza vou procurar o emulador e finalmente jogá-lo!

Comentário de Adriano T S — 31/01/2007 @ 10:12 am



·  Nossa! Confesso que nunca tinha ouvido falar nesse jogo, totalmente brasileiro. Mas lembrei do MSX do meu amigo de prédio..do quartinho, do gravador. Do Yard Kung FU (acho que é assim que escreve) e Nightmare. Se vc Daniel ou alguém souber onde posso baixar esses dois joguinhos, por favor, me avisem. Com é duro crescer, né?

Comentário de Chico — 31/01/2007 @ 11:42 am



·  Caro Daniel, estou lendo esse post com os olhos cheios de lágrimas, pode até parecer brega, mas me fez lembrar dos bons momentos em 1985 quando comecei a ter os primeiros contatos com os computadores, eramos muito pobres e graças a perseverança da minha mão consegui fazer um daqueles cursinhos da época onde você pagava só o material, comecei conhecendo um CP 300, depois o CP 500 e depois o Apple, tudo isso programando Basic. Ao entrar no colégio conheci o TK85, porém não tinha a menor condição de ter um por isso não perdia uma aula só para estar ao lado dele. Lembro também dos felizes momentos passados com meu primo (que podia ter um) e seu Atari 2600. De 1985 para cá muita coisa mudou e a um ano decidi procurar e comprar um exemplar desta máquina que definiu minha carreira. Hoje sou um feliz proprietário de TK90X 48Kb, semi-novo e completo com tudo que vem na caixa, um gravador “tijolão” da National, a Revista Micro Sistemas de lançamento do TK90X e algumas fitas K7 de aplicativos e jogos originais e em bom estado, é meu tesouro tecnológico. Agradeço ao Daniel por relembrar estes que foram bons momentos para mim e acredito que para muitos e principalmente, ao Murilo pelo tempo e interesse em reviver a história e guarda-la para a posteridade e ao Tadeu por torná-la real e excitante a nós com seu jogo. Parabéns a todos.

Comentário de Marcelo Cardoso — 31/01/2007 @ 12:56 pm



·  corrigindo meu post, foi a “perseverança da minha MÃE”, e não a perserverança da minha mão, muito embora a gente digitava bastante nesses tempos.

Comentário de Marcelo Cardoso — 31/01/2007 @ 1:00 pm



·  Chico: os jogos que tu procura são (provavelmente) Yie Ar Kung Fu e Knightmare, ambos da Konami ;)

Comentário de Daniel Pellizzari — 31/01/2007 @ 1:03 pm



·  Grande gravador National, o único que servia nesses micros… Alguém lembra do Karateka do Apple II / TK2000?

Comentário de O Cara — 31/01/2007 @ 2:10 pm



·  Já que o assunto são jogos clássicos, não deixem de ver a Jogos 80, uma revista eletrônica gratuita totalmente dedicada aos computadores e videogames dos anos 80. Tem entrevista com o Renato Degiovani da Micro Sistemas, resenhas de jogos como “Elite” e “Prince of Persia”, e muito mais. O último número tem entrevistas exclusivas com o criador do Odyssey, Ralph Baer, e com o Howard Warshaw (autor de vários jogos famosos pro Atari 2600), e uma resenha do Em Busca dos Tesouros também! http://www.revista-jogos80.cjb.net/

Comentário de muriloq — 31/01/2007 @ 2:22 pm



·  lembranças de um tempo em que o mundo n era em 3d…..

Comentário de marcelo — 31/01/2007 @ 2:43 pm



·  http://www.lyberty.com/blog/articles/childs_play.htm
http://www.1up.com/do/feature?pager.offset=4&cId=3137498

duas matérias que foram publicadas na EGM americano. Botaram crianças para jogar jogos antigos e publicaram os comentários.

Hilário.

Comentário de Luiz Irber — 31/01/2007 @ 2:48 pm



·  Eu tive um MSX da gradiente! Me lembro que eu comecei a programar com os livros que acompanharam o micro, linguagem Basic. Adorava fazer jogos, mas nada muito avançado. Pequenas naves que davam tiro e se moviam pela tela. Passava muitas e muitas tardes jogando Rambo, The Castle (esse marcou muito de dar uma saudade um tanto dolorosa… época muito boa) e muitos outros. Enfim, vida que segue!

Comentário de Fabiano — 31/01/2007 @ 3:05 pm



·  Caramba! Knightmare!!!!!! Putz! CLÁSSICO TOTAL!

Comentário de Fabiano — 31/01/2007 @ 3:07 pm



·  UAHUAHAUAHAUAHA………..
EU FUI CRIANÇA NA DÉCADA DE 7O, QUE NÃO TINHA MERDA NENHUMA DESSAS…
JOGUEI MUITO BOTÃO, FUTEBOL, ANDEI DE BICICLETA E IA À PRAIA…
FALA SÉRIO…TARDES CALORENTAS EM QUARTOS APERTADOS….VAI À PRAIA…
UM ABRAÇÃO PARA OS PIONEIROS DA ALIENAÇÃO ATUAL DAS CRIANÇAS!

Comentário de jorge — 31/01/2007 @ 3:46 pm



·  Comecei com um TK90X faz um zilhao de anos e me identifiquei totalmente com esse post, dos melhores que tenho lido sobre a historia dos jogos. Como meu tijolao de fita k7 sempre me dava problema, comecei a programar meus proprios jogos em basic (aos 10 anos) Foi assim que comecei a aprender ingles e a programar. Tenho alguns jogos feitos no Basica do PC (dois anos depois) ate hoje. Cheios de erros de portugues e bugs, mas uma delicia de recordar.

Comentário de Gabriel — 31/01/2007 @ 4:16 pm



·  TARDES CALORENTAS EM QUARTOS APERTADOS….VAI À PRAIA…
UM ABRAÇÃO PARA OS PIONEIROS DA ALIENAÇÃO ATUAL DAS CRIANÇAS!” Aí Jorge! Tu deve ser um recalcado mesmo! Nunca deixei de fazer ABSOLUTAMENTE NADA DISSO! Jogava bola todo dia, sempre fui a praia (carioca da gema) e vem você com esse papo! Vai pro asilo então porque tu já tá velho irmão! Não tem nada a ver o que você está falando!

Comentário de Fabiano — 31/01/2007 @ 5:25 pm



·  Esse post foi sensacional, Daniel. O TK85 e a Micro Sistemas são as madeleines do final da minha infância e início da adolescência. Comprei meu TK85 em dezembro de 1984, numa Fotóptica do antigo Shopping Santana (SP). Custava 650 mil cruzeiros, 200 mil a mais do que um Atari. Eu tinha meus 13 anos e não entendia patavinas, e havia poucas revistas no assunto. A Micro Sistemas era o máximo. E os jogos ? TK-Man, um Pac Man em que um “O” comia “.”s e era perseguido por quadrados ! Mônaco, um jogo de corrida em que entrávamos no túnel e as luzes dos faróis eram desenhados na ridícula resolução (64 x 44). Simulador de vôo, Monopólio… O TK85 foi vendido para fazer um upgrade para um CP400 Color. E esse aí ainda está comigo, funcionando, com mais de 200 jogos. Um dia ainda irei ver o Amazônia do Renato Degiovani… Bons tempos!

Comentário de Juca Azevedo — 31/01/2007 @ 5:38 pm



·  Juca, existe uma versão do Amazônia, do Renato Degiovani, para PCs rodando Windows. Os gráficos foram atualizados mas o jogo em si é o mesmo. Você pode baixá-la gratuitamente aqui: http://www.tilt.net/amazonia/game.htm

Comentário de muriloq — 31/01/2007 @ 6:00 pm



·  lembro que quando vi a micro sistemas na época, acho que foi 85, pensei que tadeu curinga fosse um PSEUDONIMO.

Comentário de lionel ritchie — 31/01/2007 @ 6:53 pm



·  Fui leitor da revista Micro Sistemas tb, so que na epoca eu tinha um expert da gradiente, que ja era novidade e tinha pouca coisa na revista para esse micro, so que tudo era no basic, e basic e sempre basico era so adptar. mas valeu a recordação.. deu ate um aperto na garganta ao digitar. Felicidades a todos da mesma epoca, e com certesa se não fosse a nossa curiosidade ainda estavamos engatinhando.

Comentário de Alessandro Tiago — 31/01/2007 @ 7:00 pm



·  A imaginação ajudava e muito a dar emoção àqueles jogos da década de 80. Mas havia um lembrete ruim, era só ir a uma casa de fliperama para ver vários arcades melhores que os jogos caseiros.

Outro fator doloroso: a arte gráfica das capas de alguns cartuchos era bem melhor que o gráfico do jogo.

Eu comecei a jogar com o Odissey e já emendei com o Atari (não tinha micro). No ano passado, peguei alguns dos seus emuladores, descrevo a sensação assim:

É como visitar um campinho de futebol onde se jogava na infância. Bate a nostalgia, mas você acha tudo pequeno e tosco, acha engraçado como ali tudo se tornava uma questão de vida e morte. Porém, se você bater uma bolinha, vai ver que o lugar ainda pode ser divertido e até desafiador.

Comentário de Marco Polli — 31/01/2007 @ 7:47 pm



·  Ola, gostei da materia, e gostaria de saber o e-mail do Murilo Queiroz. Tenho uma sonho pra compartilhar com ele talvez possa me ajudar. Celio - Indiara-GO, aluno Ciencia da Computação - Fesurv. Rio Verde-GO - www.fesurv.br

Comentário de Celio Antonio Gomes — 31/01/2007 @ 8:40 pm



·  Meu email é muriloq@gmail.com . Você o encontra no site, http://www.muriloq.com

Comentário de muriloq — 31/01/2007 @ 8:56 pm



·  Nossa….mesmo nessa geração…vejo q muita gente curte esses jogos antigos…hj tenho 15 anos..estou no auge de minha necessidade de jogos de ação e velocidade…jogo Need For Speed, GTA, CS, mas ainda tenho um lugar destinado as jogos de ATARI que cultivei de meu irmão de 25 anos…jogo H.E.R.O, e akela da navinha que não lembro o nome…ihhh são fora de série…aki em ksa até tem um ATARI mas nem funciona…pena…

Comentário de Eduardo — 31/01/2007 @ 9:05 pm



·  deus, quase comentei “galera emocionando a galera”.

Comentário de branmelt — 1/02/2007 @ 12:10 am



·  Cara,

Saudade é pouco.

Eu tive todos os computadores desde o TK-82 (que o teclado era de membrana e tinha 2K de memória) até o apple IIe. Depois disso veio o PC que, infelizmente, dominou tudo.
Era muito legal conhecer um computador novo com um sistema diferente, tinha que aprender tudo. E assim eu fiz com o Color 64, TK-2000, Tk-90x, CP-500, AppleIIc, etc).
A troca de jogos, compra de equipamentos e o conhecimento de pessoas ligadas a área era feita pelo Balcão.
A Micro Sistema eu assinava e tinha a coleção completa, tinha um cara de bigodes que ia sempre na faculdade (UFF) tentar vender as assinaturas.

Jogos como A ilha (cp 500), Karateka (Apple), Castle Wolfestain (Apple) eram fantásticos, e fazíamos tudo para consegui-los. Lembro também as noites gastas convertendo jogos de apple II para TK-2000. Usando assembler.

Todos que tinham computadores sabiam programar em alguma coisa, hoje em dia o pessoal não sabe nem dar um comando no DOS.

Comentário de Fernando — 1/02/2007 @ 9:52 am



·  Legal, Murilo. Vou dar uma olhada no site do Amazônia. Será que eu consigo achar o Avenida Paulista também ?

Comentário de Juca Azevedo — 1/02/2007 @ 2:44 pm



·  Juca: A imagem de disco do Avenida Paulista você acha aqui: http://www.romaco.com.br/files/MSX/files/paulista.zip
Você vai precisar de um emulador pra rodar, baixe o BlueMSX:
http://www.bluemsx.com/

Comentário de muriloq — 2/02/2007 @ 1:59 pm



·  Novamente obrigado, Murilo!

Comentário de Juca Azevedo — 5/02/2007 @ 1:35 pm



·  É esse romantismo não está distante.
Jogos para celular em JAVA é limitado e acessível a qualquer programador. O problema é capitalizar o investimento. As operadoras devem receber dezenas de propostas de novos jogos todos os dias!!!
Tenho um projeto sobre dieta e aptidão. É um simulador para guiar as pessoas a ter uma vida saudável, na esperança que a experiência as transforme em boas cidadãs e transformem essa nossa realidade.
Pergunta: Jogos na Web são feitos em Flash? Tem alguma opção FREE!!!
Visitem:
www.surfmc.com

Comentário de Geraldo — 12/02/2007 @ 9:14 am



·  Olá! Eu fui usuário de TK-85, TK-90X, MSX, PC-XT, 386, etc… Confesso que até hoje eu fico procurando joguinhos daquela época e que muitos deles ainda são mais gostosos de jogar do os mais recentes que já vi para os novos consoles. Fazer um jogo simples mas ao mesmo tempo desafiante, viciante e gostoso de jogar é como inventar um truque ou uma mágica. Algo único! Ler esse post me trouxe recordações muito legais de uma época que pensava já ter esquecido. Hoje acho que vou passar a noite caçando jogos antigos na internet…

Comentário de Rodrigo Barreto — 13/02/2007 @ 5:52 pm



·  Hellopgz - this is just a testing, don’t worry about it

Comentário de Testerdqu — 9/03/2007 @ 8:13 am



·  Array

Comentário de WPHAF1 — 12/03/2007 @ 4:13 pm



·  Também fui leitor da revista Micro Sistemas e também - como Divino C. R. Leitão - ao ler nomes como os de Tadeu Curinga da Silva, Micro Sistemas, David Fernandes, Alexandre Parisan, Bartolomeu Jorge Andrade e outros da época, também quase choro. Fui um fã incondicional das calculadoras HP (possui HP 33C, 34, 41C, 41CV e 41CX), Intelivision, Colecovision, Commodore 64, PC 386, e meus filhos possuíram Atari, Master System, NES, SNES, Playstation etc. Jogávamos juntos, jogos adquiridos no Rio de Janeiro e em São Paulo, pois em Recife havia poucas lojas e novidades. Em revistas importadas, encontrávamos as imensas listagens de jogos em BASIC ou linguagem de máquina e tínhamos que passar noites digitando e gravando em K7. Foi uma época de ouro dos games.

Atualmente, os programadores são muito bons, mas possuem muitos recursos à sua disposição, para fazerem games com Megas e Gigas. Admiro muito e tenho pena dos programadores do passado, que faziam uma ginástica danada, para produzirem jogos maravilhosos COM APENAS 8, 16, 24, 32 e 64 Kb. Vejam o caso de Montezuma’s Revenge (da Parker), com 150 telas belíssimas, em apenas 64 Kb; Cabage Patch Kids (da Konami), um jogo alegre, movimentado e muito bem sonorizado, com dezenas de telas e fases, em apenas 16 Kb. E o gigantesco e excepcional Super Metroid (Nintendo), IMENSO e BELÍSSIMO, com centenas de telas e fases dificílimas, em apenas 32 MB… Saudades, muitas saudades das décadas de 80 e 90. Adalberto Jordão

Comentário de Adalberto Jordão da Silva — 13/03/2007 @ 10:20 am